A volta

Hoje passei o dia encorporada pelo coelho da Alice. Ainda não entendi como isso aconteceu. A viagem perfeita, incrível e renovadora se transformou num inferno. Se eu tivesse ficado por lá nada disso teria acontecido. Humf!
Demorei 10 horas (EU DISSE DEZ HORAS!!!!!) para ficar livre daquele maldito ônibus dos infernos. E sabe o que é pior? Eu tive culpa. Não planejei a porcaria da viagem que queria tanto. Não comprei passagens aéreas. Ônibus para ir e ônibus para voltar.
No início tava tudo lindo. Pela janela via imagens bucólicas. Chovia. AMO chuva! De repente a p... da coluna começou a doer poque o assento era uma bosta. Minha perna é curta e sempre fica penduradinha. Resultado: joelho inchado e cócix dolorido. Ou ficava com a perna penduradinha para a bunda enorme de baiacú obeso ficar alinhada ao encosto ou colocava os pés no chão e era engolida pelo banco. PQP!
Ainda passei as 10 horas (EU DISSE 10 HORAS!) ouvindo um aparelho de televisão (pendurado no teto da fileira ao lado) balançando loucamente. E ele nem funcionava. Podia ter arrancado, né?  O ruído era tão enjoado e alto que tomei um Dramin e simplesmente NÃO dormi bosta nenhuma. Tô revoltada? Estressada? Ansiosa? Claro que não. Suave me define.
Não tinha comida. Só água. A parada seria em Juiz de Fora, isto é, quase Rio de Janeiro. Não podia beber, pois não tenho equilíbrio para fazer xixi num ônibus balançando. Não consigo nem andar em linha reta. A estrada é quase toda de curvas. Definitivamente não! Ah... e o barulhinho gostoso da chuva caindo lá fora... Agora deu arrepio! Dor... na bexiga...
Tudo ótimo! Tomei o dramin e nem enjoei. O resto é bobagem, né?
Cheguei a conclusão de que estou traumatizada.
Nada é tão ruim que não possa piorar. Frase perfeita!
Esqueci de carregar o i-pod. Garota esperta! Vamos rever! Chuva, televisão dos infernos balançando, tédio, dor generalizada...
Ainda bem que o celular funcionava em alguns momentos. Quando essas raridades aconteciam minha diversão era postar no Facebook e no Twitter. Tcham ram ram
Já ia esquecendo... eu e Mamy voltamos quase como muambeiras. Ainda tinha as malas com coisas frágeis (queijo, linguiça, lembrancinhas de biscuit, pimentas, lampião, um Pinóquio de marionete...) no meio dos nossos pés (no meu caso dos pés balançando pq não alcançavam o chão).
Tudo delicioso!
Bom, quando finalmente chegamos nessa terra... tinha um engarrafamento de ônibus ao redor de TODA rodoviária. Fator superpresa! (Adoro isso!!!). Pois é... ficamos só duas horinhas paradas no meio do nada... nada não né, Priscilla? Aquela área que você está esnobando será revitalizada. Que luxo! Projeto Copa e Olimpíadas. Tudo vai funcionar num futuro próximo. TUDO! Meu humor até melhorou agora. Tô outra!
Enfim... parada na porta da rodoviária. OUT total!!!
Tirando esses leves contratempos... minha viagem foi incrível. Já estou com as malas prontas para qualquer outro feriado. Meus planos de algum dia morar em BH continuam vivos. Mas antes quero São Paulo. BH prefiro quando estiver mais madura.

OBS: Prometo ser mais doce nos próximos posts. Precisava desabafar. Os próximos serão sobre a Semana Santa incrível com a família. Uhuuuu yié yié Paciência, please! Ainda tem muita coisa para contar.

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